Câncer de pulmão vai matar mais mulheres que o de mama até 2015 na Europa



Pesquisa sugere que aumento reflete crescimento no número de mulheres que começaram a fumar nos anos 1960 e 1970

Foto: Edward Bartel/Foto Stock
Cerca de 82.640 mulheres europeias vão morrer de câncer de pulmão
Cerca de 82.640 mulheres europeias vão morrer de câncer de pulmão
O câncer de pulmão vai superar o câncer de mama como a principal causa de mortes entre as mulheres europeias até o ano 2015, segundo estudo da Universidade de Milão, na Itália.
De acordo com a pesquisa, o aumento reflete o crescimento no número de mulheres que começaram a fumar nos anos 1960 e 1970.
A equipe acredita que a taxa de morte por câncer de pulmão vai continuar sua tendência ascendente nos próximos anos, mas deve reduzir com o tempo, já que hoje há menos jovens começando a fumar.
Os dados indicam que em 2013, cerca de 82.640 mulheres europeias vão morrer de câncer de pulmão, enquanto 88.886 vão morrer de câncer de mama.
E em 2015, no entanto, o equilíbrio terá mudado e o câncer de pulmão vai superar o câncer de mama no número de morte.
O pesquisador Carlo La Vecchia e seus colegas analisaram as taxas de todos os tipos de câncer em 27 países da União Europeia (UE) como um todo e também individualmente em seis países, França, Alemanha, Itália, Polônia, Espanha e Reino Unido.
Os números mostram que, apesar de mais pessoas estarem desenvolvendo câncer, porque estão vivendo mais, no geral, menos estão morrendo da doença.
Apesar da queda nas mortes por câncer no total, as taxas de morte por câncer de pulmão continuam a aumentar entre as mulheres em todos os países da UE.
Segundo La Vecchia, eles esperam que o número de mortes por câncer de pulmão comece a cair entre 2020 e 2025, já que a geração de mulheres mais jovens fuma menos.
Fonte: Isaude.n

QUANDO O ASSUNTO É MAL HÁLITO...


Se já é horrível acordar com aquele gosto ruim na boca, pior ainda é ter mau hálito crônico. Pesquisas recentes indicam que 30% da população brasileira - aproximadamente 50 milhões de pessoas - sofrem de halitose.
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Se essa porcentagem já preocupa, a coisa piora entre aqueles que têm mais de 65 anos: o mal atinge quase 70% deles.
Essa diferença acontece por um fator básico: na terceira idade, a queda na produção da saliva é mais comum. "Quanto mais idoso o paciente, menos saliva ele produz. Quando isso acontece, as células mortas se acumulam mais facilmente na boca, resultando na halitose", afirma o cirurgião-dentista Arany Tunes.
O especialista explica que uma das funções da saliva é remover as células mortas que descamam da boca e trazem mau odor quando são acumuladas. Ou seja, quanto menos saliva, mais chances de se ter mau hálito.

E por que os idosos produzem menos saliva? Dentre as causas mais comuns está o uso de medicamentos com frequência. "Esses pacientes tomam muitos remédios. Talvez o mais usado seja aquele para pressão arterial, que tem como efeito colateral a diminuição de saliva", diz Arany. "Às vezes, o paciente já passou por vários tratamentos com medicações, o que resultou num acúmulo de efeitos colaterais", completa.
Outra razão pode ser a dificuldade que os mais velhos têm na hora de higienizar a boca. Com as funções motoras um pouco comprometidas, alguns não conseguem escovar os dentes da maneira correta. O resultado são males como a gengivite, que provoca sangramentos. Caso o sangue permaneça por certo tempo na boca, pode provocar o cheiro ruim.
No entanto, existem mais de 60 fatores que podem ser responsáveis pelo mau hálito. Embora o mais frequente seja produção de saliva, prisão de ventre, doenças na gengiva e doenças graves como leucemia, diabetes, câncer de estômago e até sífilis podem estar por trás do cheiro ruim na boca. Portanto, o ideal é procurar ajuda profissional assim que perceber a halitose.
"Já diagnostiquei casos de diabetes no consultório, através do hálito do paciente. O odor de um diabético é diferente de todos os outros", fala o cirurgião-dentista. Ele afirma que há vários cheiros e cada um está relacionado a uma causa específica.
Mas cuidado para não confundir as coisas. Procurar um profissional capacitado não significa se consultar com um gastroenterologista nem um otorrinolaringologista. Quem cuida da saúde bucal é o dentista. E, como ensina Arany, "existe tratamento especializado para o mau hálito. 70% dos meus pacientes não sabiam disso, e, antes de chegar ao meu consultório, já haviam tentado tratar o mal de forma inadequada."
Porém, no geral, quem tem mau hálito não percebe isso. Então, é importante que familiares e amigos alertem sobre o problema. Claro que não é fácil - e pode ser bem embaraçoso - falar para alguém que ele ou ela tem um cheiro ruim na boca. Mas é melhor contar logo que deixar essa pessoa ser prejudicada na saúde, vida social e até no trabalho. A dica é ser delicado e discreto. Chame a pessoa num canto, e diga que tem percebido mudanças no hálito dela, que viu uma matéria sobre isso em algum lugar.
Segundo o especialista, a cada 10 pacientes que o procuram, nove foram avisados por pessoas próximas sobre o mau hálito. "E eles são gratos a quem se queixou e comentou com eles a respeito da halitose, pois assim puderam buscar tratamento". E a gratidão não é à toa, já que "a halitose não é uma doença, mas um importante ‘sinal’ que o nosso organismo emite para alertar que algo está errado. E esse ‘sinal’ deve ser investigado. O objetivo é descobrir a causa do mau hálito, que deve ser tratada, para eliminar assim todo o problema", diz o cirurgião-dentista.
FONTE: "BEM ESTAR - TERRA".